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Feliz 7 anos

Nesta semana o Projeto “O que deve ser dito” completa 7 anos. É incrível pensar a quantidade de coisas que mudaram nesse tempo. Na parte da execução, hoje teria sido mais fácil tanto medir a repercussão quanto fazer a notícia se difundir. Google analytics, facilidade maior de criação de blogs, sites, e o próprio sistema do Face com seus feeds. Enquanto proposta, vejo que está cada vez mais difícil nos dias de hoje realmente ser honesto em relacionamentos e buscar se abrir e ser sincero sempre. Se era verdade 7 anos atrás que as pessoas buscam relações cada vez mais superficiais, hoje isso já é uma prática comum. Lembrar desse projeto sempre é motivo de risada em rodas de amigos, mas ainda sinto todo o peso daquele ato de 4 dias. Por sorte a falsa notícia não causou nenhum dano permanente a amizades nem a pessoas, tendo fortalecido inúmeros laços. Apesar de ter deixado cicatrizes, não ficaram sequelas. Neste tempo tive perdas para a vida e para a morte, pessoas que saíram d

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A morte. Primeira tela. Este Blog tem como objetivo documenta a segunda parte do projeto “o que deve ser dito”, que consistiu na difusão da falsa noticia da minha morte entre amigos e conhecidos, usando um site de relacionamentos como meio (o Orkut). Querendo levantar com isso, questões sobre a vida e nossas relações com outros seres humanos. O nome do projeto é pequeno para configurar tantos pontos importantes que ele aborda, ou no mínimo, aponta. Os textos aqui, não têm objetivo acadêmico, e servem apenas como resposta a todos os que participaram direta ou indiretamente desse projeto. A próxima etapa é produzir os trabalhos visuais, impregnados de todos os sentimentos, pensamentos e cargas negativas e positivas que todo esse processo trouxe. Organizei da melhor forma que achei, os tópicos para facilitar a leitura. Através dos marcadores, é possível chegar a resposta que procura, e comentar se tiver alguma duvida, concordar ou descordar. Marcador de Visitas do blog em

Minha Produção.

A minha produção artística sempre esteve ligada ao que eu queria dizer. Uma mensagem que eu queria passar, porém essa mensagem não tinha o objetivo de ser totalmente entendida para quem visse um dos meus desenhos. Atualmente, após pesquisas teóricas em arte e o desenvolvimento e entendimento do meu desenho percebi que além de uma pesquisa plástica formal, busco mostrar coisas que as vezes escapam os olhos e a nossa atenção, sobre nossas vidas e o mundo. Não ser apenas belo ou feio, pois isso sujeita a obra a respostas como: gostei ou não gostei. As respostas que pretendo obter do espectador dos meus desenhos e pinturas são: não concordo com o que ele disse; concordo, ou concordo em partes; isso me fez pensar...; e etc. Acredito que união das indagações sobre minha produção e meu questionamento sobre a vida e mundo, dão origem a minha arte. As diferentes verdades, diversas possíveis realidades, o sonho, o desejo, a lembrança, a busca, a ausência, aquilo que se esvai, sombras, a sobra, s

A Idéia

É fácil perceber nos dias de hoje a interação superficial do ser humano com a maioria das coisas a sua volta. E não é difícil se chegar ao motivo dessa postura contemporânea. Diversos acontecimentos do ultimo século foram aos poucos criando pessoas mais e mais individualistas. O consumo rápido e fácil e a venda de prazer sem culpa são algumas das “doutrinas” que os dominantes capitalistas e neoliberais difundem pela mídia há anos. Isso e diversos outros fatores ocasionaram, a meu ver, em uma sociedade fria, distante de si mesma, onde as relações são criadas e desfeitas visando o bem pessoal, ou do pequeno grupo ao qual pertence. Essa postura de unidade no mundo faz as pessoas estarem sempre em “estado de defesa” como em uma guerra, as pessoas se defendem das outras para não entregar nenhum “segredo de estado” ao “inimigo”. Por ser uma postura cultural isso acaba se tornando natural, um código de conduta padrão. Onde as distancias são pequenas e ao mesmo tempo imensas. Felizmente nem

O meio de desenvolvimento.

É de conhecimento geral a facilidade na comunicação a distancia nos dias de hoje. Tendo um computador com acesso a internet, seja em casa, no trabalho, escola, ou acessado de uma Lan House, existe uma grande facilidade para se comunicar com o mundo, entre outras inúmeras utilidades, manter contato com colegas de profissão, professores, parentes e amigos, de uma forma rápida “barata” e constante. É sem duvida a base da comunicação à longa distancia contemporânea juntamente com o telefone. Em reflexo ao nosso comportamento diário, as formas de comunicação da internet podem ser ou não superficiais, vai depender de cada um, por outro lado são criadas novas formas de interação cuja base é inteiramente superficial, mas que mesmo assim não limitam o meio, novamente querendo manter suas fortalezas invulneráveis ao “inimigo” e por meio como sites de relacionamentos, blogs e etc, ambientes mais pessoais, elas buscam manter um distanciamento, uma tentativa de preservação de suas intimidades e pri

Do conceito a pratica.

Definida então minha estratégia, estipulei um prazo para cumprir suas principais etapas. A primeira parte (cartas e depoimentos aos meus amigos) teve inicio em 28 de abril, e terminaram no dia 10 de setembro. O maior problema era dispor de tempo para escrever tais cartas, e diversos fatores externos acabaram dificultando e atrasando de certa forma essa etapa, por esse motivo não enviei todas as cartas que pretendia. Esta era a parte digamos fácil, obtive bons resultados, respostas que também diziam o que deveria ser dito. Um outro objetivo dessas cartas era sugerir a minha despedida. Usando de verbos no passado, reavaliado toda trajetória de amizade, agradecendo e me despedindo como em um adeus. Serviriam como indícios que só ganhariam sentido após minha suposta morte. Depois das cartas enviadas, próximo ao meu aniversário, colocaria em pratica a noticia da minha morte. Para isso queria reunir meus melhores amigos, em um encontro supostamente para comemorar meu aniversario. Este encont

O Uso da Morte

Primeiro devo dizer por que era importante a morte nesse projeto. Foram três os motivos inicias para eu tomar essa decisão. 1º As pessoas sabem podem morrer a qualquer momento, porém o nosso cérebro tem defesas quanto a essa certeza, se vivêssemos pensando que cada segundo poderia ser o ultimo certamente enlouqueceríamos. Sendo assim nos acostumamos a pensar que sempre há um depois, sempre vamos ter a chance de fazer o que deixamos passar, mas as vezes esse pensamento é mais prejudicial do que benéfico. Então eu morrendo, perto do meu aniversario, quanto todos dizem as vezes tão vaziamente “Muitos anos de vida”, talvez percebessem que muitas vezes nos podamos, e nos enganamos e que a vida é curta para isso. Não acho que seja necessário viver cada segundo como se fosse o seu ultimo, mas acho extremamente importante ser sincero consigo mesmo, não se negando aquilo que mais queira fazer, não deixando de dizer o que acha importante. Buscando fazer o máximo para não se arrepender de ter dei